Contar o Jubileu por meio dos sinais da arte e da fé
Vatican News
O Ano Santo visto não apenas como uma experiência de fé, mas também como uma oportunidade de reflexão por meio de perspectivas religiosas, artísticas, filosóficas e culturais. Esse é o objetivo do livro “Jubileu: imagens e sinais”, publicado pelas edições São Paulo e editado pelo professor e teólogo padre Giovanni Emidio Palaia. Vinte e três capítulos escritos por diferentes personalidades importantes nos campos da teologia, filosofia, arte, cultura e espiritualidade. Entre os autores estão os cardeais José Tolentino de Mendonça, Gianfranco Ravasi, Marcello Semeraro, Mauro Gambetti, a escritora Edith Bruck, a professora Angela Ales Bello, monsenhor Dario Edoardo Viganò.
Dar beleza mesmo àqueles que vivem na escuridão
“Este volume - explica o editor, padre Giovanni Emidio Palaia - quer inaugurar uma nova série, um grupo de trabalho e um comitê editorial que terá início neste ano jubilar, e que se chamará Mariologia, Pessoa, Arte, Cidade, Cultura e Saúde. Ela quer ser um olhar de diferentes pessoas que partem de um olhar principal, que é o de Maria, a mãe para nós”. O fio condutor que unirá os vários tomos será o tema da beleza que acolhe, que parte do projeto ligado aos amigos do L'Osservatore de Rua, o caderno mensal do L'Osservatore Romano, escrito por aqueles que vivem em situações difíceis. “A beleza deve ser dirigida a todos, mesmo aos mais frágeis - continua o padre Palaia -, como Osservatore de Rua, muitas vezes organizamos visitas a lugares ricos em beleza, como os Museus Vaticanos, por exemplo, dando àqueles que vivem em situações muito complicadas a oportunidade de mergulhar por algumas horas na pura beleza das obras-primas custodiadas nos museus ou em nossas igrejas. Agora vamos repetir a mesma experiência em Milão com o grupo Os parafusos, que inclui jovens que passaram por um percurso médico complicado que os deixou com cicatrizes, e a arte e o cuidado estão intimamente ligados.
Os sinais que falam do Jubileu nas ruas de Roma
O livro também relata todos os sinais do Jubileu que se encontram ao caminhar pela Cidade Eterna. “Desde os tempos antigos, os peregrinos que vinham a Roma para o Jubileu - explica o editor da obra - tinham como objetivo ir rezar nos lugares memórias dos apóstolos Pedro e Paulo, portanto na Rua Ostiense e na Colina Vaticana. Basta pensar em quantos sinais podemos encontrar aí, entre igrejas, pequenos nichos, cruzes que parecem ter sido colocadas por acaso e, ao invés, guiam o caminho de oração dos viajantes. E como não mencionar os muitos retratos de Maria encontrados ao longo das estradas romanas? Este volume tem um coração mariano, com uma referência explícita à Mãe do Senhor, Mãe da Esperança, neste tempo em que todos nós nos tornamos peregrinos de esperança”.
Um Jubileu que exorta ao diálogo
O encontro foi aberto com a saudação do reitor da Lumsa, Francesco Bonini. Também estava presente Andrea Tornielli, diretor editorial da mídia vaticana, que enfatizou que “o Jubileu 2025 exorta ao diálogo, a olhar além do nosso eu na liberdade de nos expressarmos, fala de verdadeira comunicação, compaixão e de fazer do outro o protagonista, não nós mesmos”. Entre os convidados estava também o cardeal Angelo Comastri, vigário emérito para a Cidade do Vaticano, que, lembrando o pensamento de Madre Teresa de Calcutá, destacou como neste Ano Jubilar é precisamente a figura de Maria que é colocada no centro, para que o seu “Eis-me aqui” se torne também a nossa resposta ao Senhor, neste “Ano Santo que quer falar ao coração de cada um de nós”.
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