Parolin: necessário um desarmamento geral e controlado, paz justa e duradoura na Ucrânia
Vatican News
O desarmamento, a guerra na Ucrânia, as condições do Papa Francisco. Esses foram alguns dos temas abordados pelo cardeal Pietro Parolin nesta segunda-feira (17/03), em Roma, na primeira edição de “A Mesa do Ramadã - Iftar”, uma iniciativa promovida pela Embaixada do Marrocos junto à Santa Sé, com a organização da Media International Communication Club - MICC, durante a qual o secretário de Estado recebeu da embaixadora do Marrocos junto à Santa Sé, Rajae Naji El Mekkaoui, o prêmio “Faces Escondidas do Diálogo”.
Desarmamento controlado
A Santa Sé, lembrou o cardeal, tem uma política clara sobre o rearmamento desde a Primeira Guerra Mundial”, que é insistir em nível internacional para que haja um desarmamento geral e controlado. Portanto, não podemos ficar contentes com a direção em que as coisas estão indo”.
Rússia e Ucrânia acabem com a guerra
Em relação à hipótese de uma trégua entre a Rússia e a Ucrânia, o secretário de Estado Parolin espera “que não sejam colocadas pré-condições que impeçam o início de um diálogo”, referindo-se ao fato de que Moscou havia colocado questões “em relação à verificação do cumprimento da trégua”. “Mas, de qualquer forma, que esse processo comece: já que finalmente há disposição do lado ucraniano, que também haja disposição do outro lado para iniciar esse cessar-fogo que deve durar 30 dias.” O próximo passo, segundo os votos do cardeal, é “iniciar a partir daí uma negociação que possa pôr fim à guerra e estabelecer a paz justa e duradoura que esperamos”.
A saúde do Papa
O cardeal Parolin foi então questionado pelos jornalistas sobre a saúde do Papa, reiterando que os boletins médicos “nos dizem exatamente quais são as condições” do Pontífice. “Eu - disse ele - o vi há uma semana, depois não tive mais a oportunidade de vê-lo. Eu o achei melhor do que da primeira vez. Mas essa é apenas uma avaliação externa, então, ademais, devemos nos ater ao que os médicos nos dizem”. Nos encontros, esclareceu o secretário de Estado, “nós lhe apresentamos as questões e os problemas que precisam de uma solução e o Papa dá suas indicações”. Por fim, quando perguntado se houve alguma conversa sobre uma possível renúncia por parte de Francisco, o cardeal Parolin respondeu: “Absolutamente não”.
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