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Dom Auza: grave preocupação da Santa Sé com a questão Palestina

No que diz respeito a Jerusalém, a Santa Sé “deseja reafirmar o histórico status quo” da cidade, de acordo com as resoluções das Nações Unidas, e “rejeita toda e qualquer medida unilateral que tenha o objetivo de modificá-lo”.

Cidade do Vaticano

A Santa Sé defende com firmeza a solução de dois Estados, um judeu e outro árabe para a solução da questão Palestina. Foi o que disse o observador permanente da Santa Sé na Onu, Dom Bernardito Auza, durante sessão de debate sobre o tema no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova York.

Dois Estados, único caminho sustentável

Evocando a resolução 181 de 1947, o arcebispo filipino reiterou que a solução de dois Estados é o “único caminho sustentável para realizar as aspirações de uma coexistência pacífica entre israelenses e palestinos e o único plano de paz factível que permitiria a ambas as nações viver lado a lado em confins seguros e internacionalmente reconhecidos”.

Diálogo deve substituir a retórica

“A realidade dos fatos é fonte de persistente e grave preocupação”, acrescentou o representante vaticano. Com efeito, a Santa Sé pede tanto aos líderes israelenses quanto aos líderes palestinos que “mostrem sabedoria, responsabilidade e a vontade política necessária para alcançar um histórico acordo de paz que encontre as legítimas aspirações de ambos os povos”.

Um diálogo baseado na boa vontade deve substituir uma retórica incendiária, a violência e o conflito: jamais civis inocentes devem ser alvo do terrorismo ou de esmagadoras operações militares, observou o núncio apostólico.

Basta a interferências externas

“Ademais, a discórdia palestino-israelense e as divisões entre Palestinos são exacerbadas por forças externas e de interesses geopolíticos de outros países, explicou ainda Dom Auza, e, por conseguinte, a Santa Sé exorta os Estados vizinhos a facilitar o processo de paz.

Confirmação do status quo para Jerusalém

 

No que diz respeito a Jerusalém, a Santa Sé “deseja reafirmar o histórico status quo” da cidade, de acordo com as resoluções das Nações Unidas, e “rejeita toda e qualquer medida unilateral que tenha o objetivo de modificá-lo”.

A Cidade Santa deve ser um lugar de convergência e de paz e deve ser garantido aos fiéis das três religiões monoteístas o acesso livre e sem obstáculos aos lugares Santos. Portanto, “a proposta inicial de um status internacional garantido pelas Nações Unidas permanece ainda de grande importância para cumprir a vocação singular da cidade”.

Maior assistência aos refugiados

Foi também manifestada grande preocupação com a terrível situação enfrentada por refugiados palestinos e pela Unrwa – Agência da Onu de socorro aos palestinos – que dá um apoio essencial para cerca de cinco milhões e seiscentos mil refugiados, provendo habitações, instrução, assistência médica e serviços sociais.

“Numa situação que não mostra sinais de uma solução a curto prazo”, concluiu Dom Auza, a Unrwa plenamente em funcionamento permanece sendo o melhor meio para prevenir o agravamento da situação na região num modo que traria grandes custos e prováveis maiores despesas para a comunidade internacional.

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