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Editorial: Esperança de paz

Na quarta-feira Francisco recordou que o uso da violência jamais leva à paz. “Guerra chama guerra, violência chama violência”.

Silvonei José - Cidade do Vaticano

O Papa Francisco se mostrou mais uma vez nesta semana muito preocupado e entristecido com a espiral de violência que se vive na Terra Santa e no Oriente Médio e que afasta a região do caminho da paz e das negociações: ele expressou sua preocupação no final da audiência geral realizada na Praça São Pedro do Vaticano na última quarta-feira. O Santo Padre também convidou todas as partes em causa e a comunidade internacional a renovar sua determinação “para que prevaleça o diálogo, a justiça e a paz”.

Francisco se referiu assim à situação que se vive na fronteira de Gaza, onde pelo menos 60 palestinos morreram e mais de 2.000 ficaram feridos na resposta israelense às manifestações contra a transferência da Embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém.

Cidades das três religiões monoteístas

Francisco não se referiu à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de mudar a sede diplomática de Tel Aviv para Jerusalém, mas em outras ocasiões expressou sua preocupação e defendeu o status quo de Jerusalém, de acordo com as resoluções pertinentes da ONU. Moscou, por sua vez continua reafirmando que Jerusalém deve ser a capital de dois estados independentes, a Palestina e Israel e permanecer uma cidade aberta aos fiéis das três religiões monoteístas, hebraísmo, cristianismo e islamismo.

Para muitos países o que ocorreu e ocorre em Gaza é “chocante”, como se expressou o governo britânico, “uma tragédia a perda de vida humanas e o número de feridos palestinos”. Numa nota Londres reconhece aos palestinos o direito de protestar pacificamente, enquanto acusa elementos extremistas de terem procurado instrumentalizar as manifestações com a finalidade de ações de violência. Por sua vez sustenta o “direito de Israel de defender os seus confins”, mas see diz extremamente preocupada pelo grande volume de fogo das armas das forças israelenses e pedem ao Estado hebraico uma maior moderação. Esse, em síntese, é o pensamento comum da maioria da comunidade internacional.

Mais uma vez a cidade santa representa um sinal de contradição, de uma paz que parece estar ainda mais longe. Os alto-falantes das mesquitas de Gaza chamaram nesta semana os palestinos para se unirem à chamada “Grande Marcha do Retorno”, que nas últimas semanas de protestos causaram dezenas de mortos.

Sentimento de tristeza

Tristeza, é o que repete incessantemente Dom Giacinto-Boulos Marcuzzo, vigário patriarcal para Jerusalém e a Palestina. “Os cristãos de Jerusalém, todas as igrejas e todos os palestinos estão unidos por um único sentimento: a tristeza. Estamos aflitos – explica – porque os acontecimentos recentes não nos levam para a paz, mas exatamente na direção oposta. Não há mais esperança de se chegar a uma trégua”.

Segundo D. Marcuzzo, “a decisão de Trump, vai contra a história, contra a justiça e o bem da população de Jerusalém. Hoje pode-se dizer que o processo de paz está congelado”.

Nessa situação as Igrejas cristãs de Jerusalém confirmam a importância da visita do Papa Francisco a Bari, em 7 de julho próximo, onde será realizada uma Jornada de Reflexão e Oração sobre a situação do Oriente Médio. “O nosso compromisso como Igreja e como cristãos – explica D. Marcuzzo – é espalhar a esperança de que a paz é sempre possível. A decisão do Papa nos deu força, ajudando-nos no esforço de fazer a esperança entrar no coração das pessoas. Queremos acreditar que com a boa vontade de todos a trégua pode ser alcançada”.

Neste sábado em Jerusalém será realizada uma vigília de paz na igreja de St. Etienne.  

Guerra chama guerra

Na quarta-feira Francisco recordou que o uso da violência jamais leva à paz. “Guerra chama guerra, violência chama violência”. Convidou então todas as partes em causa e a comunidade internacional a renovar o empenho para que prevaleçam o diálogo, a justiça e a paz.”

É o que todos querem: encontrar uma solução para o problema de 'Gaza - Palestina - Oriente Médio. Deve haver uma solução, porque de outra forma as pessoas não sabem mais como viver nesses lugares. Realmente se teme a chegada de uma nova guerra, o que seria terrível para a grave situação que já existe.

Para todos os homens, Jerusalém deveria ser "uma cidade aberta e representar o lugar de comunhão e de paz, e não da discórdia e da divisão" escreveu em um artigo para a revista “Civiltà Cattolica” o padre Giovanni Sale intitulado "Jerusalém, cidade sagrada e a cidade aberta".

O conflito israelense não será resolvido até quando uma solução compartilhada não for encontrada para Jerusalém. Dos Acordos de Oslo à Cúpula de Camp David, "a história recente ensina que não é possível chegar a um acordo de paz entre os dois povos sem primeiro definir o status da Cidade Santa".

Nossa esperança é a esperança do Papa Francisco, renovar o empenho para que prevaleçam o diálogo, a justiça e a paz. Uma esperança de paz.

Ouça o Editorial

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