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O arcebispo Pezzi e o grupo de fiéis russos sob a estátua de João Paulo II no Gemelli em oração pelo Papa. O arcebispo Pezzi e o grupo de fiéis russos sob a estátua de João Paulo II no Gemelli em oração pelo Papa.  (ANSA)

Da Rússia ao Gemelli para rezar pelo Papa: unimo-nos a ele e aos seus apelos por paz

Um grupo de 85 fiéis russos, vindos de Moscou e de outras cidades, está em Roma nesta semana para uma peregrinação jubilar organizada com antecedência. Inicialmente, eles teriam um encontro com o Papa Francisco, mas, diante da sua internação, decidiram caminhar até o Hospital Gemelli para rezar o Terço pela recuperação do Pontífice. O bispo Dubinin comentou: "Nosso objetivo foi fortalecer nosso laço espiritual com o Santo Padre. Ele é um Papa grandioso."

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Um grupo de 85 fiéis russos, provenientes de várias cidades da Rússia, como Moscou, São Petersburgo, Kaliningrado e outras, se reuniu em Roma para uma peregrinação especial em honra ao Jubileu. Apesar das dificuldades, incluindo os desafios impostos pelas atuais circunstâncias políticas e sanitárias, o grupo havia planejado com muito carinho e devoção uma visita ao Papa Francisco no dia 12 de março.

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No entanto, o encontro foi cancelado devido à hospitalização do Pontífice no Hospital Policlínico Gemelli. Mesmo assim, os peregrinos, liderados por dom Paolo Pezzi, arcebispo da arquidiocese da Mãe de Deus em Moscou, decidiram manter sua presença espiritual em Roma.

Com fé, caminharam a pé por mais de 04 quilômetros da estação de metrô Cornelia, na Vila Aurélia até o hospital para se reunir sob a estátua de São João Paulo II e rezar pela cura de Francisco. “Um Papa grande”, declarou à mídia vaticana o bispo Nikolaj Gennad'evič Dubinin, bispo auxiliar da arquidiocese da Mãe de Deus e membro da ordem dos frades menores conventuais.

A pé da estação Cornelia ao Gemelli para rezar pelo Papa

Também presente nos últimos dias, junto ao arcebispo Pezzi, estava o bispo Dubinin, acompanhando o grupo formado por uma dezena de sacerdotes, duas freiras e vários fiéis leigos. "Um grupo diversificado, majoritariamente russo, mas também polaco, bielorrusso, alemão, armênio. Organizar uma peregrinação para cidadãos russos não é fácil nestes tempos. Por isso, somos muito gratos às pessoas e organizações que nos ajudaram a viver o Jubileu", afirmou o bispo. O programa, que vai de 10 a 15 de março, inclui a passagem pela Porta Santa da Basílica de São Pedro, uma Via Sacra nos Jardins Vaticanos e visitas a outras Basílicas Papais.

Na terça-feira o grupo teve um momento todo dedicado ao Papa Francisco. Por cerca de uma hora, sob a grande imagem de São João Paulo II, que se tornou símbolo deste período de hospitalização do Papa, o grupo rezou o Rosário em russo e as Ladainhas a Nossa Senhora em latim. "Outras pessoas se uniram a nós", comentou Dubinin.

Proximidade espiritual

"Planejamos o encontro com o Santo Padre, sabemos que o Papa também estava muito ansioso por isso", explicou Dubinin. "Sabíamos que não poderíamos vê-lo fisicamente, mas tentamos encontrá-lo espiritualmente, intensificando nossos laços espirituais com ele. Cada peregrino viveu esse momento de maneira muito intensa, o encontro com o Papa era muito esperado, mas sentimos sua proximidade."

O Papa Francisco é muito amado entre os fiéis russos, afirmou o bispo Dubinin: "Há um vínculo forte, sabemos que ele reza pela nossa Igreja. Somos gratos a ele e procuramos viver a unidade. Lembramos também do encontro online com nossos jovens e de vários momentos em que ele expressou sua dor, toda evangélica, por uma paz que ainda não existe."

Invocação de paz

A paz, além do desejo pela cura do Papa Francisco, é o tema central dessa viagem a Roma dos fiéis russos. "O guardamos em nossos corações, porque a paz é o que o Senhor quer, e a falta de paz é uma grande dor para todos", destacou o auxiliar. "Sofremos pelas divisões, pelo ódio e pelas situações de conflito". "Rezamos ao Senhor para que nos dê a paz que não somos capazes de construir sozinhos", concluiu o bispo, que fez questão de deixar um esclarecimento: "Não é justo dizer que o mundo quer a guerra... Uma parte do mundo quer, e pretende que seja 'todo' o mundo. A paz é um dom de Deus, e quem acredita não quer outra coisa senão a paz".

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12 março 2025, 16:21
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