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Um momento do encontro de 2024 do Papa Francisco com os voluntários da Cruz Vermelha Um momento do encontro de 2024 do Papa Francisco com os voluntários da Cruz Vermelha  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Os Papas e o voluntariado, uma escola de vida que ensina a primazia da doação

Para o Jubileu de 8 e 9 de março, recordamos algumas reflexões dos Pontífices, partindo de João Paulo II.

Amedeo Lomonaco – Vatican News

A marca registrada do voluntariado está contida numa escolha de amor: a doação. “Cristo”, escreve o apóstolo João, “deu a sua vida por nós”. A consequência deste dom deve ser um discipulado vivido pelo homem à imitação de Cristo: “Também nós devemos dar a vida pelos irmãos” (Jo 3, 16). O Jubileu do Mundo do Voluntariado, programado, em Roma, nos dias 8 e 9 de março, é dedicado em particular aos voluntários, associações sem fins lucrativos, ONGs e assistentes sociais de todo o mundo. Uma ocasião para refletir sobre esse compromisso gratuito, mas significativo, e promover a solidariedade.

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Escola de vida

Somente amando e doando-se aos outros é que o homem se realiza plenamente. Esse é o foco da mensagem do Papa João Paulo II por ocasião do Ano Internacional do Voluntariado proclamado, em 2001, pela Assembleia Geral das Nações Unidas para reconhecer, promover e celebrar o serviço voluntário em todas as suas manifestações. “O voluntariado”, enfatizou o Papa Wojtyła, “é chamado a ser uma escola de vida em todos os contextos”.

Através do amor a Deus e do amor aos irmãos, o cristianismo libera todo o seu poder libertador e salvador. A caridade representa a forma mais eloquente de evangelização porque, respondendo às necessidades do corpo, revela aos homens o amor de Deus, providente e pai, sempre solícito por cada um. Não se trata apenas de satisfazer as necessidades materiais do outro, como fome, sede, falta de moradia, falta de assistência médica, mas de levá-lo a experimentar a caridade de Deus de forma pessoal. Por meio do voluntariado, o cristão se torna testemunha dessa caridade divina; a anuncia e a torna tangível com ações corajosas e proféticas. Não basta ajudar quem está com dificuldades materiais. É preciso responder à sua sede de valores e de respostas profundas. O tipo de ajuda oferecida é importante, mas ainda mais importante é o coração com que ela é dada. Sejam microprojetos ou grandes realizações, o voluntariado é chamado a ser uma escola de vida, especialmente para os jovens, ajudando a educá-los para uma cultura de solidariedade e acolhimento, aberta ao dom gratuito de si.

Amar com Deus

“O voluntariado é uma demonstração de gratidão e a transmissão do amor recebido.” Foi o que enfatizou o Papa Bento XVI ao se encontrar com o mundo do voluntariado, em 2007, durante sua viagem apostólica à Áustria.

“Deus vult condiligentes – Deus quer pessoas que amem com Ele”, afirmou o teólogo Duns Scotus no século XIV. Visto desta forma, o compromisso gratuito tem muito a ver com a Graça. Uma cultura que quer contar tudo e pagar por tudo, que coloca a relação entre os homens numa ótica constritiva de direitos e deveres, experimenta, graças às inúmeras pessoas comprometidas gratuitamente, que a vida em si é um presente imerecido. Por mais diferentes, múltiplas ou mesmo contraditórias que sejam as motivações e mesmo os caminhos do compromisso voluntário, na base de todos eles reside, em última análise, aquela profunda comunhão que nasce da “gratuidade”. Foi gratuitamente que recebemos a vida do nosso Criador, foi gratuitamente que fomos libertos do caminho cego do pecado e do mal, foi gratuitamente que recebemos o Espírito com seus muitos dons.

Sair para encontrar

O Papa Francisco enfatizou várias vezes o valor do voluntariado durante seu pontificado. Em particular, durante o encontro com os membros da Federação das Organizações Cristãs para o Serviço Voluntário Internacional (Focsiv), ele sublinhou que ser voluntário significa antes de tudo “sair ao encontro”.

O voluntariado é uma das coisas mais lindas. Porque cada um com a sua liberdade escolhe seguir esse caminho que é um caminho de saída para o outro, saída com as mãos estendidas, um caminho de saída para se preocupar com o outro. Uma ação deve ser feita. Eu posso ficar em casa sentado, tranquilo, assistindo TV ou fazendo outras coisas. Não, eu me dou ao trabalho de sair. O voluntariado é o esforço de sair para ajudar o outro. É isso. Não existe voluntariado de mesa e não existe voluntariado de televisão, não. O voluntariado é sempre sair, com o coração aberto, com as mãos estendidas e as pernas prontas para ir. Sair para encontrar e sair para doar.

Sair para encontrar o outro por meio da doação, numa sociedade que sofre profundas lacerações devido às guerras, é um hino à fraternidade. É como o som do Jobel, especialmente neste Jubileu da esperança.

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07 março 2025, 16:24
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