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Francisco em Palermo, em 2015, no encontro com os jovens, durante visita pastoral Francisco em Palermo, em 2015, no encontro com os jovens, durante visita pastoral  (Vatican Media)

O Papa: a universidade deve ser inclusiva, lentidão para compreender e mudar

Mensagem do Papa por ocasião da inauguração do ano acadêmico da Universidade de Palermo. "Através do estudo, os jovens devem mergulhar na realidade", escreve Francisco, e levar em conta suas partes “removidas ou descartadas”, porque é “mais das margens” do que dos “centros de poder” que se compreendem “as grandes questões do presente e do futuro”. A inteligência humana é “irredutível a algoritmos e processos lógicos”, tende, no fundo, à “busca do bem”, que só pode ser alcançado “juntos”.

Tiziana Campisi – Vatican News

Em toda universidade há “o encontro e a troca entre gerações; o avanço da pesquisa nos diversos campos disciplinares; a coexistência de diferentes sensibilidades culturais, políticas e religiosas; o entrelaçamento da realidade local e internacional; o crescimento pessoal através de sucessos e fracassos, talentos e fragilidades”, em suma, uma universidade é “na diversidade, uma grande comunidade”, onde os opostos se encontram, algo que “mais falta na convivência contemporânea, ferida por uma polarização cada vez mais acentuada de pontos de vista”.

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É o que escreve o Papa Francisco na mensagem enviada ao arcebispo de Palermo, dom Corrado Lorefice, e lida pelo pe. Carmelo Torcivia, diretor do Departamento Diocesano para a Universidade e a Cultura, por ocasião da inauguração do ano acadêmico da Universidade da capital siciliana, nos 219 anos de sua fundação. A inauguração realizou-se na tarde de sábado, 8 de fevereiro, na Aula Magna do Departamento de Engenharia do Campus Universitário. Aos estudantes, pesquisadores e professores o Pontífice cita uma palavra que é “contracorrente”, “uma atitude que há séculos distingue as culturas do Mediterrâneo: a lentidão”, para “compreender”, “crescer” e “mudar”.

Há esperança onde a justiça encontra espaço

“Incluir”, “compreender”, “acolher, suspender o juízo”: são todos traços da universalidade a que se refere a universidade, destaca o Pontífice, acrescentando que “só juntos podemos proteger e interpretar a realidade” e “habitá-la”, e para isso há muito o que fazer. E se “os medos influenciam até mesmo as pessoas mais eruditas e desencadeiam a inveja, a competição, o espírito de vingança, a rigidez”, é necessária “firme honestidade pessoal e institucional” para que “a unidade prevaleça sobre o conflito, o bem comum sobre os objetivos pessoais e os interesses privados”. “Há esperança onde a justiça abre espaço”, escreve o Papa, “e os jovens podem tornar-se protagonistas, sobretudo através de um estudo que não os abstrai, mas os mergulha na realidade”. Para Francisco, “o contato com a realidade é importante”, especialmente “com suas partes removidas ou descartadas”, como as “pessoas que nunca entrarão na universidade” ou “bairros inteiros e componentes sociais que se tornaram invisíveis”. Muitas vezes não “estimamos a existência e o ponto de vista de tudo isto”, enquanto é “mais a partir das margens do que dos centros de estudo e de poder” que se compreendem “as grandes questões do presente e do futuro”.

Livatino e Puglisi símbolos de novos começos

É preciso a “coragem de se colocar a serviço da cidade, cada um saindo de sua zona de conforto pessoal e institucional”, para que “conhecimentos e metodologias” se contaminem, para que haja “novas sínteses transdisciplinares” e para “atrair cérebros”, observa o Papa, lembrando que se tudo isso acontece “a inteligência se reacende, o estudo e a vida se abrem um ao outro, o novo abre caminho e o desespero recua”. Olhando para o novo ano acadêmico na Universidade de Palermo, Francisco indica “os mártires Rosario Livatino e pe. Pino Puglisi, junto com um grande número de testemunhas que iluminaram” a Sicília e sua capital “com sua esperança”, como um “símbolo de novos começos” para os quais cada um “pode contribuir” “com seus próprios talentos”.

A importância da lentidão

Mas diante do “fascínio da tecnologia” que “está impregnada de velocidade”, das “inteligências artificiais” que “nos seduzem com a sua performatividade”, o Pontífice recomenda a lentidão. Por exemplo, a que é necessária para ler e “já não é concedida a quem estuda e mesmo a quem ensina”, que é necessária para compreender, mas choca com “a exasperação dos indicadores de desempenho”. “O crescimento, por sua vez, é um processo lento e nunca um caminho linear”, continua Francisco, porque “os fracassos, como os erros, são fundamentais na busca da verdade” e “a mudança também exige lentidão”, em vários âmbitos. Estes são “objetivos” aos quais não podemos nos permitir “renunciar”, enfatiza o Papa. “A inteligência humana, irredutível a algoritmos e processos lógicos, está em jogo neles”, conclui o Pontífice, recordando que a inteligência humana tende, no fundo, a “buscar o bem, e ninguém tem o monopólio dele, nem sua medida”, porque tendemos a ele “passo a passo” e “somente juntos”.

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