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Pintura de São José na Catedral a ele dedicada em Bagdá Pintura de São José na Catedral a ele dedicada em Bagdá 

Bispos escandinavos: São José, modelo de fé a ser seguido

Para celebrar os 150 anos da declaração do Esposo de Maria como Padroeiro da Igreja Católica, o Papa Francisco convoca o "Ano de São José" com a Carta apostólica “Patris corde – Com coração de Pai”.

Lisa Zengarini – Vatican News

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O Ano de São José é “uma oportunidade para aprender a conhecê-lo melhor e pedir sua ajuda, para poder seguir Jesus mais de perto”. É o que escrevem os bispos da Conferência Episcopal dos países nórdicos em uma carta pastoral dirigida aos fiéis, poucos dias antes do início do Ano especial que a Igreja dedica a esta figura discreta, mas central da história da Salvação.

A carta, publicada em 12 línguas, repassa as virtudes do Esposo de Maria, das quais os cristãos podem pegar o exemplo, para melhor seguir Jesus. São José - escrevem os prelados - é antes de tudo um homem de fé e de retidão. Como Abraão, nosso pai na fé, “escuta a voz de Deus e segue a Sua vontade, mesmo que isso lhe exija muito e seja difícil de compreender”. Nesse sentido - acrescentam - ele “ensina-nos a entregarmo-nos a Deus mesmo nas situações difíceis”.

Mestre da oração

 

José, ademais, é um homem de oração e silêncio: não temos nenhuma palavra dele - recordam os bispos escandinavos - e, no entanto, “parece ter ouvido as instruções de Deus”. Ele mostra-nos, portanto, que “temos necessidade do silêncio como espaço sagrado em que podemos aprender a reconhecer a voz delicada mas clara de Deus”. Como um judeu devoto que certamente ensinou Jesus a orar, ele também é nosso mestre na oração.

Protetor da família

 

O pai adotivo de Jesus é então o protetor da família e uma "fonte de inspiração" para as nossas famílias de hoje: ele assume a responsabilidade de levar Jesus e Maria em segurança ao Egito e depois retornar a Nazaré e é, portanto, “um modelo para cada pai".

Segundo os bispos escandinavos, é "encorajador" ver hoje como os pais levam cada vez mais a sério o seu papel, dedicando-se aos filhos, "sobretudo numa época em que muitos pais renunciaram às suas responsabilidades ou são até mesmo ausentes".

Modelo e defensor dos trabalhadores

 

São José - continua a carta - é também modelo e defensor dos trabalhadores contra todas as formas de exploração, porque também ele teve que trabalhar muito para sustentar sua família. Portanto, nos ajuda a trabalhar com o Criador por uma sociedade melhor e mais justa. É depois um modelo de castidade para nossa sociedade hiper-sexualizada, capaz de expressar um amor autêntico e não possessivo que pode ajudar os homens a se libertar dos modelos machistas das sociedades patriarcais.

Padroeiro da Igreja

 

Os bispos escandinavos recordam ainda que São José é o padroeiro da Igreja porque, como protegeu Jesus no seu crescimento, continua hoje a ajudar o Corpo Místico de Cristo na sua peregrinação terrena. Por isso - afirmam – dirigimo-nos a ele, em particular pelos cristãos perseguidos no mundo. Como aquele que cuidou da Família de Nazaré, o pai adotivo de Jesus é também o símbolo daquela "cultura do cuidado" tantas vezes invocada pelo Papa Francisco contra a "cultura da indiferença", para construir uma sociedade mais fraterna. Depois, é a “esperança dos moribundos”, que chama os cristãos “a serem testemunhas de vida”.

Protetor dos migrantes e refugiados

 

Por fim, José é o protetor dos refugiados e migrantes, pois como eles teve que fugir com sua família. Hoje, portanto, ele nos convida a dar uma acolhida digna, mesmo que apenas temporária, àqueles que foram forçados a deixar seu país por causa das guerras, das perseguições e da fome. Um desafio, o da migração, que “não tem soluções fáceis”, mas que “ninguém pode ou deveria negligenciar”, sublinham os bispos dos países nórdicos.

José “protegeu o Senhor da vida no início da sua existência terrena, colocou a sua vida com confiança ao serviço de Deus”. Os votos dos prelados, portanto, são de que “com a sua ajuda, também nós possamos ser protetores da vida no seu início, no seu fim e durante toda a nossa vida nesta terra, onde a vida de tantas pessoas está ameaçada, insegura e subestimada".

“Que São José possa nos encorajar na nossa vida com Deus por meio de sua oração e do seu exemplo e possa ser uma ajuda a todas as pessoas necessitadas”, conclui a carta.

Vatican News Service - LZ

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