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Em Maurício, Papa adverte para economia idolátrica que sacrifica vidas humanas

Falando às autoridades, Francisco afirmou que o sistema democrático contribui para fazer de Maurício “um oásis de paz”, mas advertiu para o risco de ceder à tentação de um modelo econômico idolátrico.

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

O encontro com as autoridades encerrou a breve visita do Papa a Porto Luís, capital de Maurício.

Depois da visita de cortesia ao presidente interino, Barlen Vyapoory, no palácio presidencial, o Pontífice se dirigiu à sociedade civil e ao corpo diplomático.

Em seu discurso, ressaltou a multiculturalidade que caracteriza os habitantes do país, que se formou ao longo dos séculos com a chegada de migrantes de diferentes continentes. A partir da experiência que acumularam na miscigenação e na convivência pacífica, o Papa fez um apelo:

“O DNA do vosso povo guarda a memória destes movimentos migratórios que trouxeram os vossos antepassados até esta ilha e que os levaram também a abrir-se às diferenças para as integrar e promover tendo em vista o bem de todos. Por isso mesmo, na fidelidade às vossas raízes, vos animo a assumir o desafio de acolher e proteger os migrantes que hoje chegam aqui à procura de trabalho e, para muitos deles, à procura de melhores condições de vida para as suas famílias.”

Oásis de paz

 

A independência do país é recente, tem apenas 51 anos, e a política é regida por um sistema democrático, que – segundo o Papa – contribui para fazer de Maurício “um oásis de paz”.

 

“Faço votos de que este estilo de vida democrática possa ser cultivado e desenvolvido, contrastando nomeadamente todas as formas de discriminação”, afirmou Francisco, encorajando os políticos a serem um exemplo, principalmente aos jovens, e que possam ser sempre dignos da confiança dos compatriotas.

Não à modelo que sacrifica vidas humanas

 

O Pontífice destacou também o “intenso desenvolvimento econômico” do país, advertindo, porém, para não ceder à tentação de um modelo econômico idolátrico, “que precisa de sacrificar vidas humanas no altar da especulação e da mera rentabilidade, que tem em conta apenas o benefício imediato em detrimento da proteção dos mais pobres, do meio ambiente e seus recursos”.

Para tal, auspiciou uma “conversão ecológica integral” para evitar catástrofes ecológicas e graves crises sociais.

Por fim, Francisco manifestou seu apreço pelo modo como trabalham juntas no país as várias religiões com as suas respetivas identidades, “contribuindo para a paz social e recordando o valor transcendente da vida contra todo o tipo de reducionismo”. E confirmou a disponibilidade dos católicos a continuar participando deste frutuoso diálogo.

“Mais uma vez, obrigado pela vossa calorosa recepção.”

Fim da viagem

 

Do palácio presidencial, o Papa se dirigiu diretamente para o aeroporto de Porto Luís para a cerimônia de despedida. De Maurício, o Pontífice regressa a Antananarivo, dorme na nunciatura apostólica e na manhã de terça-feira embarca em direção a Roma.
 

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