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Papa Francisco ao se prostrar diante de Jesus, adorando o mistério da Santa Cruz Papa Francisco ao se prostrar diante de Jesus, adorando o mistério da Santa Cruz

Paixão do Senhor: com a Sua Páscoa, Jesus restitui dignidade e esperança à humanidade

Na tarde desta Sexta-feira Santa, o Papa Francisco presidiu à celebração da Paixão do Senhor, com a Liturgia da Palavra, a Adoração da Cruz e a Sagrada Comunhão. Após a Liturgia da Palavra, o Frei Raniero Cantalamessa fez a pregação.

Manoel Tavares - Cidade do Vaticano

Sexta-feira Santa! Neste dia, que os antigos também chamavam de “Sexta-feira Maior”, a Igreja celebra a Paixão e Morte de Jesus. Silêncio, jejum, abstinência de carne e oração marcam este dia.

Na Sexta-feira Santa e no Sábado Santo, segundo a tradição, a Igreja não celebra a Eucaristia. O altar está totalmente despido: sem cruz, sem candelabros, sem toalhas.

Na tarde desta Sexta-feira Santa, o Papa Francisco presidiu na Basílica Vaticana à celebração da Paixão do Senhor, com a Liturgia da Palavra, a Adoração da Cruz e a Sagrada Comunhão.

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O Crucificado é o protótipo de todos os descartados

Após a Liturgia da Palavra, o Frei Raniero Cantalamessa, Capuchinho e Pregador da Casa Pontifícia, fez a pregação partindo das palavras do Profeta Isaías: “Jesus foi desprezado e rejeitado pelos homens”.

Com estas palavras proféticas, disse o Pregador, a história deu um nome e um rosto a este misterioso homem das dores, desprezado e rejeitado pelos homens: Jesus de Nazaré.

Por isso, Frei Cantalamessa contemplou o Crucificado como protótipo e representante de todos os rejeitados, deserdados e "descartados" da terra.

Jesus era como um sem-teto

Durante toda a sua vida, Jesus foi um desses homens, desde o início, nascendo em uma estrebaria, uma autêntica demonstração de pobreza. E, durante a sua vida pública, ele nem tinha lugar para descansar a cabeça: era como um sem-teto. Enfim, a sua Paixão.

"Eis o homem!”, exclama Pilatos, ao apresentá-lo ao povo depois de ser açoitado pelos algozes. Cristo representa as intermináveis fileiras de homens e mulheres humilhados, reduzidos a objeto, privados de toda dignidade humana.

Mas, o significado mais profundo da Paixão e Morte de Cristo, não é o social, mas o espiritual. A sua morte redimiu o mundo do pecado, ponto alto da demonstração do amor do Pai.

Assim, o Filho de Deus tornou-se um dos pobres e rejeitados, abraçando a causa deles: "O que fizeste aos famintos, aos nus, aos prisioneiros, aos exilados, a mim o fizeste".

Jesus restitui dignidade e esperança

Mas, o Evangelho vai mais além, dizendo que o Crucificado ressuscitou! Desta forma, Jesus não só restituiu a dignidade aos desfavorecidos do mundo, mas lhes deu a esperança!

Nos primeiros três séculos da Igreja, explicou o Capuchinho, a celebração da Páscoa não era dividida como agora: Sexta-feira Santa, Sábado Santo e Domingo de Páscoa. Tudo se concentrava em um só dia: na Vigília Pascal, durante a qual se celebrava a morte e a ressurreição de Jesus, ou seja, não se comemorava a morte e a ressurreição como fatos distintos e separados; pelo contrário, comemorava-se a passagem de Cristo da morte para a vida.

Por isso, a palavra “Páscoa" (pesach) significa passagem da morte para a vida; passagem do povo judeu da escravidão para a liberdade; passagem de Cristo deste mundo para o Pai; passagem do pecado para a graça.

A Páscoa é a festa dos excluídos

Logo, Páscoa é a festa da reviravolta desejada por Deus e realizada por Cristo para a humanidade. É a festa dos pobres, excluídos e escravos na nossa sociedade!

Mas, a Cruz, concluiu o Frei Cantalamessa, também traz uma mensagem para a outra classe da sociedade: os poderosos, os fortes, os "vencedores". Trata-se de uma

mensagem de amor e salvação, não de ódio ou vingança, porque, afinal, eles também terão o mesmo destino de todos: fracos e poderosos, indefesos e tiranos, todos estão sujeitos à mesma lei e aos mesmos limites humanos: a morte!

A Igreja recebeu a seguinte missão do seu fundador, Jesus Cristo: estar ao lado dos pobres e dos fracos; ser voz dos que não têm voz.

Ao término da sua homilia, o Pregador da Casa Pontifícia retomou, novamente, as palavras da profecia de Isaías, dizendo: com o anúncio da Ressurreição, a Liturgia dá ao “desprezado e rejeitado pelos homens”, um nome e um rosto: o homem triunfante, Jesus Cristo, nosso Salvador.

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