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GIOVANNI PIERLUIGI DA PALESTRINA (1525/26-1594): "Missa Papae Marcelli"
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Comentário: Voltar a arder de fé, esperança e caridade

Para curar do gelo do amor sufocado o Papa indica os remédios da oração, da esmola e do jejum.

Silvonei José - Cidade do Vaticano

Contra o resfriamento dos corações e fim da caridade, além disso contra os enganos dos “falsos profetas”, “eis que a Igreja, nossa mãe e mestra, junto com o remédio, às vezes amargo, da verdade, nos oferece neste momento de Quaresma o doce remédio da oração, da esmola e do jejum”: é o que o Papa Francisco afirma em sua Mensagem para a Quaresma 2018 apresentado no Vaticano. O texto foi publicado terça-feira e é inspirado no Evangelho de Mateus “Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos” (Mt 24, 12).

O jejum tira força à nossa violência

O Papa Francisco adverte na sua mensagem para as inúmeras formas que os falsos profetas podem assumir. Podem ser “encantadores de serpentes”, ou seja, aproveitam-se das emoções humanas para escravizar as pessoas e levá-las para onde querem. “Quantos homens e mulheres – escreve - vivem fascinados pela ilusão do dinheiro, quando este, na realidade, os torna escravos do lucro ou de interesses mesquinhos! Quantos vivem pensando que se bastam a si mesmos e caem vítimas da solidão!”

Outros falsos profetas são aqueles "charlatães" que oferecem soluções simples e imediatas para todas as aflições, mas são remédios que se mostram completamente ineficazes: droga, relações passageiras e virtuais, lucros fáceis mas desonestos.

“Estes impostores ao mesmo tempo em que oferecem coisas sem valor, tiram aquilo que é mais precioso como a dignidade, a liberdade e a capacidade de amar.” Por isso, escreve o Pontífice, cada um de nós é chamado a discernir e verificar se está ameaçado pelas mentiras destes falsos profetas. Essas mentiras acabam apagando o amor. A própria criação é testemunha silenciosa deste resfriamento: a terra está envenenada, os mares poluídos, e que infelizmente guardam os despojos de tantos náufragos das migrações forçadas; os céus são sulcados por máquinas que fazem chover instrumentos de morte.

E o que fazer neste tempo de Quaresma diante desses sinais de resfriamento? Francisco recorda que a Igreja oferece o remédio da oração, da esmola e do jejum. Dedicando mais tempo à oração, possibilitamos ao nosso coração descobrir as mentiras secretas com que nos enganamos a nós mesmos para procurar finalmente a consolação em Deus.

A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão. “Como gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos!”

Por fim, o jejum tira força à nossa violência, desarma-nos, constituindo uma importante ocasião de crescimento. Por um lado, permite-nos experimentar o que sentem quantos não possuem sequer o mínimo necessário. Na mensagem, o Papa expressa o desejo de que a sua voz ultrapasse as fronteiras da Igreja Católica, alcançando todos os homens e mulheres de boa vontade.

Francisco cita ainda a iniciativa “24 horas para o Senhor”, que convida a celebrar o sacramento da Reconciliação num contexto de adoração eucarística. Em 2018, será celebrada nos dias 9 e 10 de março, inspirando-se nestas palavras do Salmo 130: “Em Ti, encontramos o perdão”. Em cada diocese, pelo menos uma igreja ficará aberta durante 24 horas consecutivas, oferecendo a possibilidade de adoração e da confissão sacramental.

Em sua mensagem o Papa Francisco nos pede para vermos se nossos corações estão ameaçados por mentiras que nos tornam escravos do prazer, do dinheiro, das drogas, dos relacionamentos “descartáveis” e da realidade virtual das mídias sociais. Para curar do gelo do amor sufocado indica os remédios da oração, da esmola e do jejum.

Assim, na noite de Páscoa a luz do círio pascal poderá realmente expulsar a escuridão e a escuta da palavra do Senhor com a nutrição do Pão Eucarístico, “permitirá que nossos corações voltem a arder de fé, esperança e caridade”.

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10 fevereiro 2018, 10:01
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