Ucrânia: gelo nas negociações de paz com as acusações de Trump à Europa
Vatican News
Os líderes europeus estão conversando, mas não conseguem apresentar nenhuma solução viável para a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O mais recente ataque do presidente dos EUA, Donald Trump, é direcionado mais uma vez à Europa, que, segundo ele, não está oferecendo soluções eficazes nas negociações para resolver o conflito na Ucrânia. De acordo com Trump, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também está fraco e deveria considerar ceder em alguns pontos do plano de paz desenvolvido pelos EUA. Uma das principais questões é o controle do território de Donbas, que Moscou reivindica como historicamente seu, um ponto sobre o qual o líder de Kiev, no entanto, não tem intenção de ser flexível.
Resposta da Europa
A resposta incisiva do presidente do Conselho Europeu, António Costa, foi imediata. "Somos aliados dos Estados Unidos, e os aliados devem agir como tal e não interferir", reiterou ele, acrescentando: "Não faremos na Ucrânia o que outros fizeram no Afeganistão. Continuaremos a apoiá-la." Mas o apoio europeu a Kiev não é totalmente unânime: enquanto a França, a Alemanha e a Itália confirmaram a necessidade de fortalecer a Europa tornando-a independente dos EUA, o líder húngaro Viktor Orbán permanece próximo da Rússia: ele enviou recentemente seu ministro das Relações Exteriores ao país para "manter os canais de comunicação abertos com Moscou". O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, também participou da troca de mensagens, alertando, conforme relatado pelas agências RIA e Tass, que a Rússia responderia a qualquer envio de tropas europeias para a Ucrânia. Moscou, afirmou Lavrov, "não tem nenhuma intenção de entrar em guerra com a Europa", mas "está pronta para reagir".
Posição de Zelensky
Enquanto isso, de uma perspectiva política e diplomática, vale ressaltar que esta terça-feira, 9 de dezembro, Zelensky se reuniu com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni em Roma para finalizar o plano de cessar-fogo com os parceiros europeus, que, segundo o anúncio, deve ser enviado aos Estados Unidos esta quarta-feira. E após acusações de não ter realizado eleições depois do término de seu mandato presidencial no ano passado, o presidente ucraniano reiterou sua disposição de realizar eleições, "mas assim que a guerra terminar, longe das bombas".
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