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Vacinação crianças e jovens contra Covid-19 Vacinação crianças e jovens contra Covid-19 

Vacinação infantil contra a Covid-19: um “ato de amor”

No Brasil, crianças podem ser vacinadas a partir dos 06 meses de vida. Efeitos colaterais da vacina contra a Covid-19 são menores que as consequências da doença, aponta médico.

Luiz Felipe Bolis - Vatican News

“Vacinar crianças contra a covid-19 é importante, evita mortes e sequelas da doença”, afirma o doutor Rodrigo Marzola, que trabalha em um hospital infantil de Florianópolis/SC. As crianças estão incluídas no calendário de vacinações do SUS a partir dos 06 meses de vida e, por direito, podem receber as doses gratuitamente em postos de saúde.

Mesmo com a campanha contra a Covid-19 em vigor para o público infantil, o doutor Rodrigo faz uma observação: “no Brasil, o que pode melhorar é, primeiro, nós termos mais vacinas disponíveis nos postos de saúde e, segundo, dizer aos pais que vacinar é, sim, importante. A vacinação é um ato de amor e uma forma de proteger o teu legado mais especial, que é o teu filho”. O infectologista pediátrico sublinha ainda que crianças podem adoecer por Covid-19 e que os “efeitos colaterais da vacina contra a Covid-19 são muito leves em relação ao que a doença pode causar nas crianças”.

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Em 2021, o Papa Francisco fez um apelo sobre a vacinação contra a Covid-19, dizendo: “[as vacinas] trazem esperança para acabar com a pandemia”, acrescentando: “ajudar a maioria das pessoas a fazê-lo [vacinar-se] é um ato de amor. Amor a si mesmo, amor à família e aos amigos, amor a todos os povos".

Usando uma linguagem mais simples de se entender do que por termos científicos complexos, o médico explica que a vacina contra a Covid-19 é totalmente segura e, quando injetada nas crianças, desenvolve nelas uma “resposta imune” e a “produção de anticorpos”.

Segundo informações coletadas pelo Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, até junho de 2022 mais de 5 mil crianças menores de 5 anos haviam falecido por Covid-19 em 91 países pesquisados. De cada cinco dessas mortes, o Brasil correspondia por cerca de um óbito.

O infectologista pediátrico analisa esses números além de uma questão meramente quantitativa. Doutor Rodrigo reflete o enorme abalo nas famílias que perderam crianças vitimadas pela Covid-19 em nível de Brasil e mundo.

Agravamentos da Covid-19

O doutor Rodrigo Marzola alerta possíveis sequelas neurológicas, pulmonares e cardíacas deixadas pela Covid-19 em crianças, a exemplo da duração a longo prazo – geralmente mais de quatro semanas - dos sintomas da doença, além da SIM-P (Síndrome Inflamatória Multissistêmica), uma condição inflamatória rara que afeta os vasos sanguíneos (veias e artérias) de crianças e adolescentes que tendem a desenvolvê-la a partir de uma predisposição genética de origem ainda desconhecida.

“É preciso mostrar isso para a população, além de alertar sobre a importância de se vacinar. É hora de unificar esforços para combater essa infecção. A Covid ainda mata; é uma doença muito séria”, comenta o médico.

Além da vacinação para crianças como forma de evitar o contágio da Covid-19, o especialista também enfatiza o uso frequente da máscara nos espaços públicos como medida de proteção.

A pandemia e o vírus da fake news

“Há muitos boatos sobre a vacina: o de que causa esterilidade é um deles, e não existe nada comprovando isso. Outro dado: essa não é uma vacina experimental. E terceiro: ela não entra no nosso material genético e muito menos altera o nosso DNA”, cita o médico.

Com base em dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o doutor Rodrigo destaca: “uma pessoa que não toma a vacina, quando pega a Covid, tem 6,1 mais chances de transmitir o vírus do que uma pessoa que tomou a vacina. Essa mesma pessoa que não tomou a vacina da Covid tem 10 vezes mais chances de ser internada do que uma pessoa que tomou a vacina, e o perigo de morte dessa pessoa que não tomou a vacina é 11 vezes maior do que a pessoa que tomou a vacina. Isso mostra que nós precisamos tomar a vacina e combater essas mentiras”. E acrescenta: “outra mentira: sair dando chip, micro-chip... não tem isso. A vacina não tem nanoteconologia”.  

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