Busca

Cookie Policy
The portal Vatican News uses technical or similar cookies to make navigation easier and guarantee the use of the services. Furthermore, technical and analysis cookies from third parties may be used. If you want to know more click here. By closing this banner you consent to the use of cookies.
I AGREE
Allegro con fuoco
Programação Podcast
Sudão do Sul: crianças vítimas de conflitos Sudão do Sul: crianças vítimas de conflitos 

Unicef: total falta de respeito pelos direitos das crianças

“Todos os dias são violados os direitos dos menores, em territórios devastados pelas guerras e violências”: é a denúncia do Unicef em uma nota divulgada nesta sexta-feira (31/12). Entre os países e regiões, que apresentam maior número de vítimas, estão o Afeganistão, Oriente Médio e África do Norte, com frequentes ataques a escolas e hospitais. Em relação às crianças inocentes há também inúmeros sequestros, abusos, recrutamento forçado e o grave perigo de resíduos bélicos

Adriana Masotti - Cidade do Vaticano

Segundo o relatório do Unicef, em 2021, houve uma onda de violações graves contra crianças, tanto em conflitos antigos como novos: “Do Afeganistão ao Iêmen, da Síria ao norte da Etiópia milhares de crianças pagaram um alto preço pelos contínuos conflitos armados, violência intercomunitária e insegurança”.

Relatório do Unicef

Em 2020, verificaram-se 26.425 violações graves contra menores. No início de 2021, segundo os poucos dados disponíveis, houve uma leve diminuição no número total de violações graves, mas os casos de sequestro e agressão sexual aumentaram de modo alarmante: mais de 50%. O maior número de sequestros de crianças coube à Somália, seguida pela República Democrática do Congo (RDC) e os países da bacia do Chade, Nigéria, Camarões e Níger. Os casos de violência sexual foram mais elevados na RDC, Somália e República Centro-Africana.

Desrespeito dos direitos da infância

Segundo a Diretora Geral do Unicef, Henrietta Fore, “ano após ano, as partes beligerantes continuam a demonstrar uma terrível falta de respeito pelos direitos e o bem-estar das crianças; crianças sofrem e morrem por causa desta insensibilidade. Por isso, devemos fazer todo esforço protege-las dos perigos".

Ampliando nosso olhar para um longo período, o Afeganistão é o país com o maior número de crianças vítimas, desde 2005, mais de 27% de todas as crianças vítimas no mundo. Por sua vez, o Oriente Médio e o Norte da África apresentam um maior número de ataques a escolas e hospitais, dos quais 22 no primeiro semestre de 2021.

Armas explosivas e resíduos bélicos

Em outubro de 2021, recorda o Unicef, 10.000 crianças foram assassinadas ou mutiladas no Iêmen, devido ao aumento dos combates desde 2015, ou seja, quatro crianças por dia.

O Fundo da ONU denunciou violações em países como Burkina Faso, Camarões, Colômbia, Líbia, Moçambique e Filipinas, sobre os quais a mídia não informa. O último exemplo do devastador conflito, que envolve as crianças e ameaça os agentes humanitários", ocorreu, recentemente, ao serem encontradas 4 crianças entre as 35 pessoas mortas, inclusive dois funcionários de “Save the Children”, no estado de Kayah, ao leste de Mianmar.

O uso de armas explosivas, sobretudo em áreas povoadas, segundo o Unicef, é uma ameaça crescente para as crianças e suas famílias. Em 2020, armas explosivas e resíduos bélicos foram responsáveis ​​por quase 50% de todas as mortes de crianças: cerca de 4 mil crianças foram assassinadas e mutiladas.

Apelo às partes em conflito

As crianças também são vítimas de numerosas e graves violações dos seus direitos. Em 2020, 37% dos sequestros, verificados pela ONU, causaram o recrutamento e uso de crianças-soldados na guerra, 50% das quais na Somália, RDC e República Centro-Africana.

Diante deste quadro dramático, o Unicef faz um apelo a todas as partes no conflito para “se comprometer com programas de ação formais e tomar medidas concretas para a proteção das crianças: prevenção das graves violações, libertação de crianças de forças e grupos armados, proteção das crianças contra as violências sexuais e fim de ataques a hospitais e escolas”. Apenas 37 destes programas de ação foram assinados pelas partes em conflito, desde 2005.

Por fim, a Diretora do Unicef faz seu premente apelo para que, “ao término de 2021, todas as partes em conflito coloquem ponto final nos ataques contra as crianças, defendam seus direitos e trabalhem por soluções políticas pacíficas das guerras”.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

01 janeiro 2022, 09:48
<Ant
Março 2025
SegTerQuaQuiSexSábDom
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930
31      
Prox>
Abril 2025
SegTerQuaQuiSexSábDom
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
282930