Dois jovens e um homem verificam a destruição dentro de um prédio atingido durante um ataque aéreo israelense no dia anterior no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, em 16 de janeiro de 2025 Dois jovens e um homem verificam a destruição dentro de um prédio atingido durante um ataque aéreo israelense no dia anterior no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, em 16 de janeiro de 2025  (AFP or licensors)

Bispos da Terra Santa saúdam trégua em Gaza e pedem resolução das causas do conflito

Em uma declaração, os ordinários católicos da região do Oriente Médio “saúdam” o anúncio do cessar-fogo na Faixa e fazem um apelo à comunidade internacional: que seja encontrada para o pós-guerra uma visão política clara e justa", porque uma “uma paz autêntica e duradoura” só pode ser alcançada abordando “as causas profundas” do conflito.

Vatican News

“Serenidade e alívio” após um inferno de 467 dias com mais de 46.000 mortes e a esperança de que “este cessar-fogo marcará significativamente o fim da violência”. Mas também a consciência de que “o fim da guerra não significa o fim do conflito” e que a paz nunca será uma realidade se não forem enfrentadas pela raiz, de modo sério e credível, as questões profundas" que estão na origem do conflito.

Os bispos católicos da Terra Santa expressam em uma declaração comum o "favor" com que acolheram a notícia do cessar-fogo em Gaza, que visa "pôr fim às hostilidades" e também ao "retorno dos reféns israelenses e à libertação de prisioneiros palestinos”.

Uma nova vontade de paz

 

No entanto, afirmam claramente que “a paz autêntica e duradoura só poderá ser alcançada por meio de uma solução justa que aborde as causas profundas deste conflito prolongado”.

Para os Ordinários da Terra Santa, trata-se de dar vida a “um longo processo” no qual se manifeste a “vontade de reconhecer reciprocamente o sofrimento do outro” e se promova “uma educação orientada à confiança que leve à superação do medo do outro e da justificação da violência como instrumento político”.

Reconstruir a vida

 

A esperança que acompanha a trégua é que ela represente “o primeiro passo de um caminho que promova a cura e a unidade entre todos os que vivem na Terra Santa”, que seja de conforto e ajuda à população da Faixa a “reconstruir a própria vida” e olhar para o futuro com esperança."

Os bispos acrescentaram que aguardam “com impaciência” o regresso dos peregrinos aos Lugares Santos, destinados “a serem lugares de oração e de paz” e, “apesar da dor que sofremos”, dizem olhar para o futuro “com esperança inabalável”. Esperança que é a palavra-chave do Jubileu e, acrescentam os prelados, “neste acontecimento um sinal que nos recorda a fidelidade de Deus”.

Visão política “clara e justa”

 

A declaração conclui com um apelo aos líderes políticos e à comunidade internacional para que seja desenvolvida “uma visão política clara e justa para o período do pós-guerra”, uma vez que um futuro construído na “dignidade, segurança e liberdade para todos os povos é um pré-requisito para uma verdadeira e paz duradoura”.

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16 janeiro 2025, 12:46