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O cardeal italiano no Hospital para Bebês Charitas de Belém O cardeal italiano no Hospital para Bebês Charitas de Belém 

Cardeal Zuppi em hospital de Belém: o sofrimento das crianças é inaceitável

O presidente da Conferência Episcopal Italiana, o cardeal Matteo Zuppi, visitou o Hospital para Bebês Charitas, o único hospital pediátrico da Cisjordânia. Um encontro programado como parte da peregrinação diocesana de paz e solidariedade. "Sempre chegamos tarde demais para proteger a vida, aqui devemos tentar fazer com que os grandes vejam a razão e encontrem a coragem para um cessar-fogo".

Vatican News

O cardeal Matteo Maria Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), chegou a Belém no sábado (15/06), no Hospital para Bebês Charitas, o único hospital pediátrico da Cisjordânia. Um encontro programado como parte da peregrinação diocesana de "paz e solidariedade" em andamento entre Jerusalém e Belém, e liderado pelo próprio cardeal com 160 participantes provenientes também de outras cidades italianas.

Mais de 70 anos de atividades ininterruptas

Zuppi, acompanhado por uma delegação de peregrinos - relata Daniele Rocchi, correspondente da agência católica de notícias SIR - foi recebido por Shireen Khamis, do departamento de comunicação do hospital, que lhe mostrou um pequeno vídeo sobre a história da instituição, que está comemorando 71 anos de atividades ininterruptas em 2024.

Estima-se que mais de 410 mil crianças com menos de 18 anos vivam na região. A história atual do Hospital para Bebês Charitas inevitavelmente fala de uma guerra, a guerra em Gaza, que dificulta ainda mais a viagem das famílias que precisam tratar seus filhos, mas também fala do problema da sobrecarga de pacientes e da falta de leitos.

"Para chegar a Belém, as pessoas precisam passar por centenas de postos de controle israelenses. Nos primeiros três meses da guerra, 7 mil crianças não puderam receber tratamento por esse motivo", explicou Khamis. "Além disso, a guerra exacerbou os já graves problemas econômicos. Sem o turismo e as peregrinações, muitas famílias perderam seus empregos e não podem pagar pelo tratamento".

Mas o hospital continua a fazer a sua parte, mesmo quando está no seu limite, para ajudar as crianças doentes: "em meados de março", disse Khamis, "um grupo de 68 crianças da Faixa de Gaza chegou a Belém. Acolhidos em um centro especializado, eles agora são cuidados pela organização SOS Aldeias das Crianças, enquanto o atendimento médico é fornecido pelo hospital".

O sofrimento das crianças é inaceitável

O cardeal Zuppi, guiado pela Irmã Aleya Kattakayam, responsável do Instituto de Maria Bambina que dirige o hospital, visitou as várias alas, cumprimentou e levou abraços e carícias a alguns dos pequenos internados, a seus pais visivelmente abalados, e depois também pôde conversar com os médicos e enfermeiros. "Estamos em um lugar onde o sofrimento de tantas crianças encontra uma cura. Mas nem sempre é esse o caso", disse Zuppi. "Devemos começar daqui para entender o que é necessário para os mais jovens, os mais frágeis, para que eles possam ter tudo a que têm direito. O sofrimento das crianças é inaceitável. E aqui devemos tentar fazer com que os adultos vejam a razão".

A esse respeito, o cardeal quis lembrar as crianças israelenses mortas em 7 de outubro de 2023 durante o ataque do Hamas a Israel e as crianças palestinas que morreram em Gaza durante esses 8 meses de guerra. "Alguns desses pequenos de Gaza", disse ele, "foram tratados em hospitais italianos, até mesmo em Bolonha. Ouvi deles coisas terríveis, como amputações sem anestesia".

Proteger a vida: encontrar a coragem para um cessar-fogo

"Devemos preparar uma vida que seja possível para eles; olhando para eles, entendemos o que devemos fazer. O ódio, a terrível lógica da violência, o fato de não saber entender o sofrimento dos outros e pensar apenas no eu próprio são coisas que produzem mais violência e vítimas inocentes, como as crianças", acrescentou o arcebispo de Bolonha, que ecoou as palavras de Rachel Goldberg-Polin, mãe do jovem Hersh, refém do Hamas em Gaza, que ele conheceu no início da peregrinação. "Essa mulher estava pensando em sua dor e na dor de tantas pessoas em Gaza. Rachel disse algo muito correto: 'quero que minha dor não cause mais dor'. O significado desta visita", concluiu Zuppi, "é entender as dores e enfrentá-las com um só amor, estando perto, ajudando e rezando para que possamos encontrar a força e a coragem para um cessar-fogo e para uma forma urgente de diálogo".

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