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Núncio Apostólico em Colombo, arcebispo Brian Udaigwe (esq) e o cardeal Albert Malcolm Ranjith participam de uma cerimônia em 14 de agosto em Colombo pelas vítimas dos atentados no domingo de Páscoa.  (Foto de Ishara S. KODIKARA / AFP) Núncio Apostólico em Colombo, arcebispo Brian Udaigwe (esq) e o cardeal Albert Malcolm Ranjith participam de uma cerimônia em 14 de agosto em Colombo pelas vítimas dos atentados no domingo de Páscoa. (Foto de Ishara S. KODIKARA / AFP) 

Apelo dos cristãos do Sri Lanka por apoio internacional e solidariedade à nação

"Sri Lanka, uma vez considerado uma nação com altos níveis de educação e padrão de vida, agora se tornou uma nação onde massas de pessoas pobres lutam para viver com dignidade e superar a crise econômica e a instabilidade política." Daí o apelo urgente: “O colapso econômico do Sri Lanka requer atenção global imediata da comunidade internacional e a plena solidariedade das Igrejas, para evitar outra tragédia humana”, diz o secretário da Conferência Cristã da Ásia.

Há uma necessidade desesperada de intervenção internacional e iniciativas de solidariedade para ajudar a nação paralisada: este é o apelo lançado pela Conferência Cristã da Ásia (CCA), órgão ecumênico que enviou uma delegação pastoral ecumênica ao Sri Lanka, no início de agosto.

A CCA expressa profunda preocupação com a grave crise econômica que levou a turbulências políticas e convulsões sociais sem precedentes no país. O Sri Lanka, diz uma nota da CCA enviada à Fides, tornou-se "um vulcão social" devido ao colapso econômico e ao agravamento da situação no país, principalmente devido à alta inflação, ao aumento dos preços das matérias-primas, a crescente fome e desnutrição, a escassez de combustível e medicamentos, a crise da ordem pública, o aumento da violência, as violações dos direitos humanos.

Ouça e compartilhe

A equipe da Conferência Cristã da Ásia, liderada pelo secretário-geral da organização, Mathews George Chunakara, reuniu-se com líderes de várias denominações cristãs no Sri Lanka, além de parlamentares, líderes de partidos políticos da oposição, líderes de movimentos da sociedade civil, sindicalistas, ex-ministros, representantes de trabalhadores das plantações, grupos inter-religiosos e líderes de comunidades religiosas minoritárias, bem como representantes do movimento "Aragalaya" (luta cingalesa), na linha de frente da luta popular. Durante a visita, a equipe participou de encontros, se inteirando da crise em curso e a "consequente privação de serviços básicos e da dignidade do povo do Sri Lanka". Acolhendo os sentimentos das pessoas reunidas, a delegação afirmou que "o Sri Lanka enfrenta atualmente sua pior crise econômica e política desde 1948, com efeitos profundos e reverberantes na vida cotidiana dos habitantes e também um sério impacto nos direitos humanos".

 

O secretário-geral da CCA afirmou que  "a visita do grupo pastoral é uma expressão da solidariedade das Igrejas asiáticas com o povo e com as Igrejas do Sri Lanka. A mensagem trazida pela equipe será compartilhada nas plataformas ecumênicas, e especialmente durante a Assembleia Geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) a ser realizada em Karlsruhe, Alemanha, no final de agosto”.

"Sri Lanka, uma vez considerado uma nação com altos níveis de educação e padrão de vida, agora se tornou uma nação onde massas de pessoas pobres lutam para viver com dignidade e superar a crise econômica e a instabilidade política." Daí o apelo urgente: “O colapso econômico do Sri Lanka requer atenção global imediata da comunidade internacional e a plena solidariedade das Igrejas, para evitar outra tragédia humana”, disse Chunakara.

Há raiva e angústia entre a população, alimentando o "aragalaya", a palavra cingalesa para "luta". O termo "aragalaya" é usado para descrever o encontro diário de pessoas que se reúnem no "Galle Face" na capital Colombo, e teve início com o pedido de demissão do governo acusado de corrupto.

O movimento popular e as manifestações diárias marcaram 100 dias em 17 de julho. Em um primeiro momento o primeiro-ministro Mahinda Rajapaksa renunciou (em 9 de maio), vendo-se então obrigado a deixar o país em 15 de julho. O presidente foi expulso de seu gabinete pelos manifestantes, que ocuparam a residência presidencial. O Parlamento elegeu um novo Presidente.

A inflação do país atingiu um recorde de quase 55%, enquanto a inflação dos preços dos alimentos subiu para 81%. A crise econômica e a crise ligada à dívida externa - para a qual o país está insolvente - foram agravadas por políticas agrícolas precipitadas, que incluíram a proibição do uso de fertilizantes.

O país deu calote em sua dívida externa de US$ 51 bilhões em maio de 2022 e, por falta de divisas, luta para pagar as importações essenciais, como combustível, alimentos e remédios. A inflação vertiginosa dos preços dos alimentos levou as pessoas à pobreza e à desnutrição.

As Nações Unidas estimam que cerca de 5,7 milhões de pessoas, metade delas crianças, precisam de ajuda humanitária. O UNICEF diz que quase uma em cada duas crianças no Sri Lanka precisa de alguma forma de assistência para nutrição, saúde, água potável, educação e serviços de saúde mental.

*Com Agência Fides

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