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Membro da Cruz Vermelha ajuda marroquino na praia de El Tarajal, perto da cerca entre a fronteira hispano-marroquina, depois que milhares de migrantes cruzaram esta fronteira em Ceuta, Espanha. REUTERS / Jon Nazca Membro da Cruz Vermelha ajuda marroquino na praia de El Tarajal, perto da cerca entre a fronteira hispano-marroquina, depois que milhares de migrantes cruzaram esta fronteira em Ceuta, Espanha. REUTERS / Jon Nazca 

Caritas Espanha e as migrações da África: questão de direitos humanos violados

Conflitos, desigualdade econômica estrutural, insegurança alimentar e interferência de algumas políticas internacionais estão entre as causas que levam especialmente jovens e mulheres do continente africano a emigrarem.

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Não obstante o alarmismo criado na opinião pública por acontecimentos como os ocorridos na última semana em Ceuta, quando milhares de migrantes tentavam chegar a nado até ao enclave espanhol no Marrocos, os fenômenos migratórios afetam apenas uma pequena parte da Europa. Foi o que recordou a Caritas Espanha por ocasião do Dia Mundial da África, celebrado em 25 de maio.

Para reforçar a afirmação, a organização de caridade católica citou alguns dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e da União Africana (UA), segundo os quais, dos 36 milhões de africanos que saem do próprio país - em um total de 258 milhões de migrantes no mundo - 53% permanecem no continente. 26% vai para a Europa, 11% para a Ásia, outros 8% para a América do Norte e 1% para a Oceania. Além disso, a África é o continente que mais acolhe refugiados no mundo (7,3 milhões, 25% do total mundial), além de ter 19,2 milhões de pessoas deslocadas em 2019.

 

“É preciso entender que a realidade da migração do Sul não é uma questão que diz respeito tanto à segurança, mas sim aos direitos humanos de pessoas muito vulneráveis, se levarmos em conta que a causa desses fluxos migratórios se deve à combinação de diferentes fatores, como a desigualdade econômica estrutural e a interferência de algumas políticas internacionais em Estados com enormes fragilidades de governança”, destaca Eva Cruz, diretora de cooperação internacional da Caritas Espanha. “Esta - explica - é a parte submersa do iceberg cujo ponto visível é a violência, os conflitos armados, a fome, as emergências climáticas e a migração irregular”.

Neste sentido, a Caritas espanhola não considera o que aconteceu em Ceuta como “uma crise em termos de segurança, mas sim como uma grave crise de direitos, particularmente violada quando existem conflitos armados” e “alimentada pela frustração e falta de condições dignas”.

A organização recorda que entre os desafios mais urgentes enfrentados por muitos países do continente está a insegurança alimentar que já em 2020 atingia 100 milhões de africanos com um aumento de 60% em relação ao ano precedente e que com a crise de Covid- 19 continua a piorar.

E as mudanças climáticas também contribuem significativamente para a insegurança alimentar, às quais a África, cuja economia é em grande parte baseada na agricultura, está particularmente exposta, apesar de emitir apenas 4% dos gases de efeito estufa no mundo.

Em países com uma alta taxa de natalidade como os da África, precisamente os jovens e as mulheres são os mais vulneráveis ​​e veem-se impelidos a emigrar na esperança de uma vida melhor, assinala a Caritas.

Perante fenômenos desta magnitude e complexidade, a resposta da Europa não pode limitar-se ao fortalecimento de suas fronteiras externas, recorda ao concluir a organização, que reitera seu compromisso com a promoção da justiça social e com modelos de desenvolvimento sustentável nos países de proveniência dos migrantes, sem renunciar a acompanhar e acolher quem decide emigrar.

Vaticano News Service - LZ

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