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O Patriarca Raï defende a convocação de uma Conferência internacional encarregada de consolidar as bases institucionais e políticas da nação O Patriarca Raï defende a convocação de uma Conferência internacional encarregada de consolidar as bases institucionais e políticas da nação 

Partidos questionam proposta do Patriarca Raï de Conferência internacional sob a égide da ONU

Analistas libaneses acreditam que somente um esclarecimento interno sobre os termos e conteúdos das propostas patriarcais sobre a "neutralidade libanesa" e sobre a "Conferência Internacional" poderá levar a uma recomposição do quadro político, subtraindo tais propostas das táticas dos alinhamentos políticos e geopolíticos contrapostos.

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As forças políticas libanesas começam a manifestar diferentes e às vezes até mesmo conflitantes interpretações e posições diante da proposta - formulada nas últimas semanas pelo Patriarca maronita, Cardeal Béchara Boutros Raï - de uma "Conferência internacional" patrocinada pelo ONU, para buscar soluções urgentes para a crise institucional, social e política do Líbano, e assim evitar o colapso sistêmico do País dos Cedros e ancorar em nível internacional também a desejada "neutralidade libanesa" no que diz respeito aos conflitos e eixos contrapostos de potências globais e regionais.

No dia 7 de fevereiro, o Patriarca Raï havia defendido pela primeira vez a convocação de uma Conferência internacional encarregada de consolidar as bases institucionais e políticas da nação. Alguns dias mais tarde, em 16 de fevereiro, o líder do partido xiita Hezbollah, Hassan Nasrallah, sem mencionar o Patriarca, argumentou que qualquer tentativa de internacionalizar a crise no Líbano equivaleria a uma "declaração de guerra", prestando-se a se tornar uma ferramenta para ingerências externas, mesmo militares, autorizadas pela ONU nos assuntos internos libaneses, com o risco de reacender as mesmas dinâmicas conflituosas que no passado haviam deflagrado a guerra civil. Em seu discurso, Nasrallah se referiu explicitamente ao Capítulo VII da Carta das Nações Unidas, que define as condições sob as quais o Conselho de Segurança da ONU pode tomar medidas coercitivas e usar medidas militares "para manter ou restaurar a paz e a segurança internacionais".

Na quarta-feira, 24 de fevereiro, representantes das Forças Libanesas (Partido liderado pelo líder cristão Samir Geagea) e do Partido Socialista Progressista (grupo liderado pelo líder druso Walid Jumblatt) foram à sede patriarcal em Bkerké para expressar apoio à proposta do Patriarca Raï.

 

Nesta quinta-feira, 25, representantes da Corrente Patriótica Livre (CPL), partido fundado pelo atual presidente do Líbano, o ex-general maronita Michel Aoun, e atualmente aliado do Hezbollah, foram recebidos pelo Patriarca.

A delegação do CPL, no seu encontro com o Patriarca maronita, quis afirmar a sua "não oposição" à proposta patriarcal, acrescentando que esta deve ser objeto de um "consenso interno" antes de ser apresentada à ONU.

Na terça-feira, 23, uma delegação da Corrente Patriótica Livre foi recebida também pelo arcebispo Joseph Spiteri, núncio apostólico no Líbano, para apresentar ao representante do Vaticano um memorando sobre o papel dos cristãos libaneses no contexto plural do país e de todo Médio Oriente.

No entanto, o ex-ministro do Trabalho Sejaan Azzi, em algumas declarações veiculadas pela imprensa libanesa, especificou que o processo preconizado pelo Patriarca para a convocação de uma Conferência internacional só pode ser realizada depois de muita paciência, e que a meta a longo prazo do Patriarcado maronita é o de uma "Conferência comparável àquela que levou à neutralidade da Áustria ou da Suíça".

Analistas libaneses consultados pela Agência Fides acreditam que somente um esclarecimento interno sobre os termos e conteúdos das propostas patriarcais sobre a "neutralidade libanesa" e sobre a "Conferência Internacional" poderá levar a uma recomposição do quadro político, subtraindo tais propostas das táticas dos alinhamentos políticos e geopolíticos contrapostos.

As propostas patriarcais - sublinham os analistas consultados pela Fides - não pretendem iniciar um processo de "refundação" nacional, mas sim consolidar as bases do atual Pacto nacional libanês, a partir dos acordos de Taef que sancionaram o fim do a guerra civil.

Também fazem parte de tal Pacto a neutralidade do Líbano em relação aos eixos de potências globais e regionais, a participação igualitária de cristãos e muçulmanos em cargos políticos e institucionais, a absorção de milícias sectárias no exército nacional e a implementação do programa de descentralização político-administrativa do país (descentralização prevista pelos acordos de Taef, mas nunca realmente concretizada).

Agência Fides - GV

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25 fevereiro 2021, 15:38
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