Busca

Cookie Policy
The portal Vatican News uses technical or similar cookies to make navigation easier and guarantee the use of the services. Furthermore, technical and analysis cookies from third parties may be used. If you want to know more click here. By closing this banner you consent to the use of cookies.
I AGREE
MISSA EM LATIM
Programação Podcast
"Não se pode esquecer que o acordo prevê o compromisso do Talibã de não permitir que os vários ramos da Al Qaeda e grupos jihadistas entrem no território afegão. Mas, segundo analistas, vários membros ou facções do movimento talibã estão ligados ao universo islâmico internacional”. "Não se pode esquecer que o acordo prevê o compromisso do Talibã de não permitir que os vários ramos da Al Qaeda e grupos jihadistas entrem no território afegão. Mas, segundo analistas, vários membros ou facções do movimento talibã estão ligados ao universo islâmico internacional”. 

Acordo EUA-Talibã: um passo para a paz, mas restam incertezas, diz barnabita

O acordo prevê, por um lado, a redução da presença militar estadunidense para 8.600 homens em 135 dias e a retirada total em 14 meses. Por outro, o Talibã compromete-se a não incentivar a presença, em território afegão, de organizações terroristas prontas a planejar ataques no exterior.

Cidade do Vaticano

"Agradecemos a Deus porque foi dado um passo em direção a um futuro de paz para o Afeganistão. No entanto, devemos estar cientes de que este é um pequeno passo, que não deve ser superestimado, mas deve ser tratado com muita prudência e equilíbrio”. Esta é a avaliação à Agência Fides do padre Giuseppe Moretti, missionário no Afeganistão de 1990 a 2015, sobre a assinatura do acordo de paz entre os Estados Unidos e o Talibã.

O sacerdote barnabita ressalta as muitas preocupações que permanecem, principalmente devido ao fato de o Acordo de Doha ter sido assinado apenas pelo governo dos EUA e pelo movimento talibã. “Sempre me impressionou, como no decorrer das negociações, os Estados Unidos deixaram de lado o governo afegão legitimamente constituído”.

"Entre as condições do acordo de Doha – continua o missionário - está prevista a entrega de prisioneiros: isso é responsabilidade dos americanos ou de uma questão política afegã? Tudo o que diz respeito ao presente, ao passado e ao futuro deve ser tratado por quem compõe o país, no positivo ou no negativo”, observa ele, recordando o "grande ausente" na mesa de negociações: o governo de Cabul.

O acordo prevê, por um lado, a redução da presença militar estadunidense para 8.600 homens em 135 dias e a retirada total em 14 meses. Por outro, o Talibã compromete-se a não incentivar a presença, em território afegão, de organizações terroristas prontas a planejar ataques no exterior.

A situação, de acordo com padre Moretti, também permanece incerta porque "o acordo prevê um segundo passo, constituído pelo encontro direto entre o governo afegão e o Talibã. Mas quem irá liderar essa fase do diálogo? Após eleições muito discutidas, o suposto vencedor é Ghani, mas seu oponente Abdullah Abdullah, já contestou o resultado das votações, aumentando assim as fraquezas internas do governo que terá que tratar com o Talibã. Eles, por outro lado, vivem no mesmo estado de incerteza, porque não é dito que o grupo que assinou o Acordo de Doha represente o pensamento de todas as diferentes facções que compõem o movimento talibã."

Artista Robaba Mohammadi, de 19 anos, em seu ateliê em Cabul
Artista Robaba Mohammadi, de 19 anos, em seu ateliê em Cabul

O sacerdote barnabita, então, muda o foco para a questão dos direitos: "resta saber o que será dos direitos conquistados nestes anos pelas mulheres, por exemplo. Fala-se, de fato, da implantação de um Emirado Islâmico do Afeganistão”.

“Segundo analistas da realidade islâmica – explica o sacerdote - a palavra 'emirado' é equivalente à aplicação da sharia, a lei islâmica. Não se pode esquecer, depois, que o acordo prevê o compromisso do Talibã de não permitir que os vários ramos da Al Qaeda e grupos jihadistas entrem no território afegão. Mas, segundo analistas, vários membros ou facções do movimento talibã estão ligados ao universo islâmico internacional”.

“Fala-se de paz – disse ao concluir - mas acredito que atualmente trata-se apenas de uma paz relativa, que não dá segurança. É um primeiro passo, mas são necessários outros. A esperança é que o Afeganistão possa começar um caminho real para a construção de uma nação humana, um caminho de fato feito de serenidade, desenvolvimento e paz". (Agência Fides)

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

03 março 2020, 14:03
<Ant
Abril 2025
SegTerQuaQuiSexSábDom
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
282930    
Prox>
Maio 2025
SegTerQuaQuiSexSábDom
   1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031