Busca

Cookie Policy
The portal Vatican News uses technical or similar cookies to make navigation easier and guarantee the use of the services. Furthermore, technical and analysis cookies from third parties may be used. If you want to know more click here. By closing this banner you consent to the use of cookies.
I AGREE
Messa di Requiem - Confitebor - Sinfonia Dante
Programação Podcast
Dom Edson Damian visita comunidade Yanomami no Amazonas Dom Edson Damian visita comunidade Yanomami no Amazonas  Editorial

Sínodo Amazônico: momento de graça e de esperança para a Igreja e a sociedade

Em seu ser profética e samaritana, a Igreja amazônica sabe ouvir o grito e sentir a mesma dor do povo. E por isso, quer ter também o seu mesmo rosto.

Cristiane Murray – Cidade do Vaticano

A 15 semanas do início do Sínodo, foi publicado o Instrumentum Laboris para a discussão dos participantes que virão a Roma em outubro próximo. Além de bispos de toda a região Pan-amazônica, estarão na Assembleia especialistas em vários campos e auditores, leigos e leigas, indígenas, religiosas e religiosos, expoentes da Cúria e vários outros convidados. O tema do encontro de três semanas será ‘Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para a Ecologia Integral’.

Dom Wilmar Santin e o clero
Dom Wilmar Santin e o clero

Um momento de graça e de esperança para a Igreja e para a sociedade

É necessário esclarecer que este Documento, base para o trabalho na Sala Sinodal, é fruto de uma gigantesca pesquisa no território: só no Brasil, foram realizados em poucos meses mais de 170 eventos para ouvir o que indígenas, ribeirinhos, agricultores, quilombolas e moradores das grandes cidades têm a dizer: é o que se chama ‘escuta sinodal’, um processo de diálogo que abre as portas do Sínodo. Sem estas vozes, o Sínodo seria como uma orquestra sem seus principais músicos, um aparelho de som com uma única caixa acústica. Os clamores do povo de Deus na Amazônia dão veracidade ao Sínodo.

O texto publicado resume os resultados da consulta nos 9 países da Amazônia que sofrem as mesmas ameaças: a exploração da mineração (ilegal e legal), do petróleo, a extração de madeira, monoculturas maciças, megaprojetos hidroelétricos, agrotóxicos, etc., que causam destruição de habitat e mudanças climáticas e exterminam a biodiversidade. Nas cidades, aumentam o tráfico de drogas, a presença de grupos armados, as agressões à cultura e à identidade indígena: muitos povos foram expulsos de seus territórios, vivem marginalizados nas periferias de metrópoles, sofrem perseguições. Inúmeros foram e continuam sendo mortos.

Uma oportunidade para integrar o ecológico e o pastoral

O Sínodo não será um ‘Fórum’ em que economistas analisam desafios econômicos e sociais e antropólogos estudam como resgatar a dignidade dos nossos povos. Será um evento eclesial para evidenciar saídas, caminhos, percursos. Deveremos desbravar trilhas novas, delineá-las com valentia. O Papa não quer ouvir o que já foi dito. Sua maior preocupação são as pessoas e o seu ‘bem-viver’: é a ecologia integral que nos ensina como conciliar nossas exigências de vida com o equilíbrio do meio ambiente em que vivemos, um princípio muito bem esclarecido em sua Encíclica Laudato sì.

Os mais de 390 povos e nacionalidades diferentes, os 140 povos indígenas em isolamento voluntário (PIAV); com suas 240 línguas faladas, tradições, culturas, cosmovisões e espiritualidades, são para nós um exemplo de convivência sustentável. Os índios não são simplesmente pobres social e economicamente... ‘Eles têm muito a nos ensinar’, como diz Francisco: são uma alternativa ao mundo moderno que destrói a terra e ameaça o futuro da nossa Casa Comum.

Prontos para o sacramento do Crisma
Prontos para o sacramento do Crisma

Inculturação e interculturalidade

Nem sempre dialogar é fácil. Nem todos têm facilidade para dialogar, para se abrir e ouvir o próximo, diferente de nós. Temos ainda muito o que aprender com o diálogo, agindo sempre com ‘coragem e paixão’, como nos pede o Papa Francisco, e jamais de cima para baixo, pois a inculturação da fé é um aprendizado, um mútuo enriquecimento, passa pela interculturalidade. A Igreja está à procura de novos caminhos no encontro com as culturas amazônicas e os sujeitos ativos da inculturação são os próprios povos indígenas.

Qual o papel da Igreja?

Tudo está intimamente interligado. Sempre na linha de frente, mesmo ameaçada e julgada, taxada por alguns de ‘comunista’, – pelos mesmos que criticam a linha social do Papa – a Igreja continua sua luta pela defesa da vida em todas as suas dimensões: humana, social, cultural e ambiental e espiritual.

A escuta revela que é preciso reforçar as comunidades cristãs com a presença de um ministro, pessoa de fé comprovada, respeitada e aceita, preferivelmente indígena. Os povoados distantes devem poder receber a Eucaristia. Em seu ser profética e samaritana, a Igreja amazônica sabe ouvir o grito e sentir a mesma dor do povo. E por isso, quer ter também o seu mesmo rosto.

Clique aqui para ouvir:

 

 

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

22 junho 2019, 10:22
<Ant
Abril 2025
SegTerQuaQuiSexSábDom
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
282930    
Prox>
Maio 2025
SegTerQuaQuiSexSábDom
   1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031