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Síria: só nos resta a oração, diz Dom Abou Khazen

Embora a eletricidade e a água estejam retornando, a emergência não acabou, diz o vigário apostólico de Aleppo dos Latinos. Amanhã, acrescenta, os inspetores da Opac devem entrar em Duma para investigar o suposto ataque químico.

Giada Aquilino - Cidade do Vaticano

A atenção internacional nestas horas volta-se para os inspetores da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAC).

Uma vez em Damasco, os enviados da ONU deveriam ter acesso à Duma, subúrbio da capital síria atingido no dia 7 de abril por um suposto ataque químico das forças do presidente Bashar al Assad.

Lá deverão coletar amostras biológicas e testemunhos necessários para estabelecer o que aconteceu, a partir do uso ou não de armas letais carregadas com gás, como cloro e sarin.

Segundo a Rússia, aliada do regime de Damasco, antes de quarta-feira não poderão fazê-lo.

"Uma comissão de inspetores foi enviada para investigar", mas os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a França "nem mesmo esperaram pelo resultado da investigação e atacaram", comentou Dom Georges Abou Khazen, vigário apostólico de Aleppo dos Latinos.

Os inspetores terão que entender "se o governo realmente usou gases químicos ou - observa - outros o fizeram".

A polícia síria entrou agora em Duma e também há russos lá. Talvez amanhã "entrem os membros do Opac”, enquanto os enviados da agência Reuters entraram ontem", revela o bispo.

O empenho da Igreja, da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho não é suficiente

 

Do ponto de vista humanitário, a situação "está melhorando lentamente", diz Dom Abou Khazen. "Em Aleppo, a eletricidade está disponível por mais de quinze horas ao dia e o mesmo se aplica à água".

Mas a crise não acabou: "claro, a situação de emergência continua, porque há desemprego, inflação, a vida é cara, e há um embargo com sanções contra a Síria.

Também do ponto de vista médico - continua o prelado - este aspecto deve ser levado em consideração: as sanções impedem que os medicamentos cheguem à Síria. Então, os cuidados de saúde continuam a ser um grande problema, especialmente para as famílias.

Com a ajuda oferecida pela Igreja, a Cruz Vermelha Internacional e o Crescente Vermelho Sírio, se consegue ir em frente. As dificuldades começam quando surge uma doença, ou se deve fazer uma cirurgia, ou quando medicamentos específicos devem ser tomados e não são encontrados na Síria".

A ONG “Médicos Sem Fronteiras” fala de quase 60 mil pessoas fugidas da parte sul de Ghouta em menos de um mês, muitas delas feridas pelos combates e necessitando de cuidados.
Em um único dia, de acordo com a organização internacional, o hospital Qalaat Al Madiq, apoiado por Msf em uma área de fronteira no noroeste da Síria, abriu as portas de sua estrutura para 5 mil pessoas.

Apesar da assistência prestada, os operadores no local acrescentam que "muitos pacientes, como crianças desnutridas, necessitam de cuidados especializados" que é impossível fornecer na área.

O apelo do Papa

 

No domingo passado, no Regina Coeli, mais uma vez o Papa Francisco pediu "ação comum" em favor da reconciliação na Síria, apelando "a todos os líderes políticos, para que a justiça e a paz prevaleçam".

"As palavras do pontífice - diz Dom Georges Abou Khazen - nos dão coragem e esperança, porque talvez seja a única voz que pede o diálogo e a paz”.

“Nós - precisa o prelado - estamos dizendo pelo oitavo ano consecutivo para não darem armas para aqueles que lutam”.

“Nós tivemos 100 mil combatentes estrangeiros na Síria: quem os trouxe para a Síria? Quem os treinou? Quem lhes deu armas e dinheiro?", Pergunta o vigário apostólico de Aleppo dos Latinos.

"Realmente, como o Santo Padre, talvez o único meio que nos resta é a oração. E todos nós devemos nos comprometer em viver em paz".

E conclui fazendo um apelo: "ajudem-nos a ficar juntos, a dialogar, a falar".
 

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17 abril 2018, 13:27
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