Angola a braços com um surto de cólera que já levou várias vidas
Anastácio Sasembele - Luanda
Três das 21 províncias de Angola, nomeadamente Luanda, Bengo e Icole Bengo estão a braços com um surto de cólera, doença diarreica aguda acompanhada de vómitos, que já matou 18 pessoas e 220 estão internadas em diferentes unidades hospitalares.
As autoridades sanitárias já activaram o plano de continência e resposta ao surto numa coordenação multissectorial chefiada pela ministra da saúde Sílvia Lutucuta.
A doença que tem como epicentro os bairros Paraíso e Belo Monte na capital angolana resulta do débil saneamento básico e ausência de água potável.
“É uma doença mortal e de fácil contágio, por isso temos todos a necessidade de nos envolver, para darmos fim a esta epidemia no mais curto espaço de tempo possível”, afirmou a ministra angolana da saúde.
Em relação à vacina para prevenir a propagação da doença, sobretudo nas províncias de Luanda, Bengo e Icolo e Bengo, o secretário de estado para a área hospitalar Leonardo Inocêncio referiu que os contactos junto da Organização Mundial da Saúde (OMS), países produtores e outros parceiros já foram mantidos.
E o Conselho de Igrejas Cristãs de Angola (CICA) na pessoa do seu Secretario geral Vladmir Agostinho insta o governo angolano a adoptar medidas eficazes e urgentes para contrapor o surto e apela igualmente as famílias a adoptarem medidas redobradas de higiene e o tratamento da água.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já elogiou as acções do Governo angolano na coordenação eficaz da equipa multissectorial, para detectar e responder ao surto em tempo oportuno, incluindo a rápida partilha de informações com todas as autoridades relevantes, em conformidade com o Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005).
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