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Dom Sithembele Sipuka, Presidente da SABC, e o Primeiro-Ministro de eSwatini, Sipho Cleopas Dlamini Dom Sithembele Sipuka, Presidente da SABC, e o Primeiro-Ministro de eSwatini, Sipho Cleopas Dlamini 

Bispos da SACBC ao Primeiro-Ministro de eSwatini: promover a justiça e a paz

O presidente da Conferência Episcopal da África do Sul (SACBC), Dom Sithembele Sipuka, dirigiu-se ao Primeiro-Ministro do Reino de eSwatini, Sipho Cleopas Dlamini, num encontro em Mbabane, no passado dia 7 de outubro, apelando para que o seu governo promova a justiça e a paz no Paz.

Cidade do Vaticano

“Queremos juntar a nossa voz em favor da paz e colaborar nos esforços para resolver pacificamente as tensões e criar um ambiente favorável para o desenvolvimento e a promoção da justiça”: com estas palavras, Dom Sithembele Sipuka, presidente da SACBC se dirigiu ao Primeiro-Ministro do Reino de eSwatini, durante o encontro em Mbabane. O prelado foi ao País em visita de solidariedade: em maio deste ano, de facto, a ex-Suazilândia foi devastada por duros protestos em favor da democracia e contra o rei Mswati III, último monarca absoluto do continente africano que governa o País há 35 anos.

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Uma delegação da SACBC realizou, portanto, uma "visita pastoral e de solidariedade" de cinco dias, de 6 a 11 de outubro, àquele País. Estavam também presentes, para além de Dom Sipuka, o secretário-geral da Conferência Episcopal, Pe. Hugh O'Connor, e a secretária-geral associada, Irmã Phuthunywa Catherine Siyali. A acompanhar os prelados de Pretória estava Dom José Ponce de León, Bispo de Manzini, a única diocese católica de eSswatini.

 “A Igreja Católica sente-se profundamente envolvida neste empreendimento e espera no seu sucesso final”, disse Dom Sipuka, lançando um apelo ao governo para que apoie a dignidade da pessoa humana no meio dos “tremendos desafios” que eSwatini está a enfrentar. "Violência, destruição de propriedades, uso excessivo da força por parte do exército e mortes não são apenas uma ameaça para eSwatini, mas também para toda a região da África Austral", disse o presidente da SACBC. O que está em jogo, de facto, acrescentou, é "a dignidade da pessoa humana, cuja defesa e promoção nos foram confiadas pelo Criador e que cada pessoa deve fazer o melhor que pode para apoiar e defender".

Sublinhando, pois, que a ex-Swalizândia está a atravessar “tristes experiências que têm um impacto negativo na vida de todos os cidadãos”, o prelado sublinhou que “a Igreja Católica afirma com força a possibilidade de superar os obstáculos que impedem uma solução para tais eventos". E “a confiança na possibilidade de superar os obstáculos - explicou - baseia-se em primeiro lugar no facto de que eSwatini é conhecido como um Reino amante da paz”. Daí a exortação do Bispo sul-africano a todas as autoridades, à sociedade civil e a cada indivíduo para que, “convencidos da gravidade dos desafios do momento, realizem esforços inspirados na solidariedade e no amor, que depois vão contribuir na construção de uma sociedade justa e pacífica”.

Recorde-se que na origem dos protestos de rua que no passado mês de maio se verificaram em eSwatini esteve o assassinato de um estudante de direito, Thabani Nkomonye. Por este assassinato foi acusada a polícia. A mobilização, a maior desde as manifestações de 2019, se estendeu na última semana de junho com a escalada da repressão. O rei respondeu aos protestos bloqueando a Internet, impondo o recolher obrigatório e mobilizando o exército contra os manifestantes. Segundo os activistas e as forças de oposição, os confrontos teriam provocado dezenas de mortos e vários feridos, mortes que, no entanto, foram desmentidas pelas autoridades.

Durante o Ângelus de 4 de julho, o Papa Francisco havia lançado um apelo ao diálogo e à paz, convidando "os responsáveis ​​e os que manifestam as suas aspirações pelo futuro do País, a um esforço comum para o diálogo, a reconciliação e a solução pacífica das diferentes posições". Palavras que faziam eco às do Bispo de Manzini, que invocava a calma: “Responder com fogo ao fogo só vai servir para reduzir este País a cinzas”, advertia o prelado, reconhecendo os motivos dos protestos, mas reiterando que a única maneira de sair da crise é um "diálogo aberto" que envolva todas as partes.

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